sexta-feira, 10 de abril de 2009

HANZ STADEN

Imaginem ser capturado no Brasil do século 16 por
um aborígine chamado Nhaepepô-açu ,”Panela Grande”,
e, pior ainda, ser dado em seguida de presente a
um outro, de nome Ipirú-guaçu, o “Tubarão grande”!
Nada de esperançoso, pois, aguardava o pobre Hanz
Staden, um alemão do Hesse que, embarcado para cá,
caíra aprisionado pelos tupinambás, no ano de 1554.
Não satisfeitos em ameaçar devorá-lo a qualquer instante,
os seus captores, depois de terem-no levado
para a aldeia deles em Ubatuba, arrastavam-no para
que presenciasse as cerimônias antropofágicas que
realizavam. Certa vez, carregaram-no até a aldeia de
Tiquaripe, perto de Angra dos Reis, para ver um dos
seus inimigos ter a cabeça esmagada pelo ibirapema,
o tacape de execuções. Logo em seguida, assistiu os
restos do bravo serem rapidamente deglutidos pela
tribo inteira, embriagada previamente com licor de
raízes de abatí .







Staden, além de banir do seu relato qualquer menção
à zoologia fantástica, pediu a um conhecido seu do
Hesse, um tal de Dryander, que assegurasse a veracidade
do conteúdo do livro. O alemão, “ébrio de um
sonho heróico e brutal”, viera a dar com os costados
no Brasil para satisfazer seu gosto pela aventura, para
ver de perto as maravilhas que escutara na Europa
sobre o Novo Mundo descoberto ...



In.: virtualbooks.terra.com.br/doc_historicos/doc_historicos_carta.htm

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